SIMULADO II - LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO DO ENSINO MÉDIO (SAEPE / SAEB) - COM GABARITO
Leia os textos abaixo.
A cabana
Texto 1
Anônimo
Achei o livro sensacional, perfeito, quanto
mais eu lia mais eu ficava empolgada para terminar, eu amei o modo como o autor
fala, vê o mundo... adorei a humildade que há. Bom, esse livro é o meu
preferido de todos que já li, e olha que já li muitos. Bem, e pra quem não
gostou dessa história, como diz no próprio livro: “desculpe, ela não foi
escrita para você”.
Texto 2
Sarah Marques
[...] Eu, particularmente, quando li “A
Cabana”, gostei bastante!
Apesar de uma temática polêmica e ser um
livro tenso em algumas partes, eu gostei. Não posso mais fazer muitos
julgamentos, pois já li há bastante tempo...
Disponível em:
<http://viciadas-em-livros.blogspot.com.br/2013/04/resenha-cabana.html>.
Acesso em: 4 maio 2016. Fragmento.
01) Sobre o livro “A cabana”, os autores
desses textos
A) apresentam ideias irrelevantes.
B) defendem pensamentos divergentes.
C) manifestam opiniões semelhantes.
D) mostram um posicionamento negativo.
E) revelam um discurso exagerado.
02) No Texto 1, no trecho “... quanto mais
eu lia mais eu ficava empolgada para terminar,...”, os termos
destacados estabelecem uma relação de
A) causa.
B) comparação.
C) finalidade.
D) proporção.
E) tempo.
Leia o texto abaixo.
O momento em que sua filha descobre a verdade
sobre você
Antes mesmo de ter uma filha já morria de
medo disso: algum dia ela vai perceber que eu não sei de nada. Sim, porque é
pra isso, em grande parte, que se tem filhos, pra que alguém no mundo acredite,
nem que seja por alguns anos, que você sabe alguma coisa. [...] No caso da
minha filha, a queda do mito paterno aconteceu um pouco mais cedo do que eu imaginava,
mais precisamente aos três dias de vida.
Minha filha não chorou quando nasceu. Só
choramos nós, os pais, emocionados de ter uma filha que não chora. Nasceu
sorrindo, vê se pode, dizíamos nós, chorando. Depois chorei outra vez quando
ela mamou na mãe, e chorei de novo quando vi os avós vendo a neta, e sendo avós
pela primeira vez. Acho que foi ali que ela começou a suspeitar: quem é esse
cara chorando o tempo todo? Barbudo, trinta anos na cara, chorando desse jeito?
[...]
A epifania1 aconteceu mesmo quando
a gente chegou em casa e, pela primeira vez, ela chorou. E a partir daí não
parava de chorar. [...] No meio da madrugada, quando a mãe dela dormia um sono
merecido, peguei minha filha no colo e fomos pra sala. [...]
Foi ali, só nós dois, no lusco-fusco², que
ela percebeu tudo. Aos três dias de vida, vi no fundo dos seus olhos que ela
tinha descoberto que o seu pai não fazia a menor ideia do que tava fazendo. E
foi ali que ela começou a chorar de verdade. [...]
Desde então assisti milhões de vídeos [...]
sobre como fazer um bebê parar de chorar. Vira pro lado, shh, shh, oferece o
mindinho, shh, shh, balança, suinga, shh, shh [...]. Passou, passou, passou.
Até agora não encontrei nenhum vídeo sobre como fazer um pai parar de chorar.
Filha, vou precisar de você. Seu pai também,
coitado, acabou de nascer. Tá perdidinho. Me ensina a parar de chorar que nisso
você já tá melhor que eu.
*Vocabulário:
1epifania: revelação; apreensão, geralmente inesperada, do significado de algo.
²lusco-fusco: momento de transição entre o dia a noite.
DUVIVIER, Gregório. O momento em que sua
filha descobre a verdade sobre você. In: Folha de São Paulo. 2018.
Disponível em: <https://goo.gl/TsU4ut/>. Acesso em: 2 mar. 2018.
Fragmento.
03) Nesse texto, no trecho “Seu pai também,
coitado, acabou de nascer.”, o recurso estilístico da comparação implícita foi
utilizado para
A) apontar que o narrador tinha medo de ter
uma filha.
B) evidenciar que o narrador se tornou pai
pela primeira vez.
C) indicar que o narrador chorou quando a
filha nasceu.
D) mostrar que o narrador pede ajuda à filha
para parar de chorar.
E) sugerir que o narrador precisa assistir a
vídeos para se acalmar.
Leia o texto abaixo.
Como eu era antes de você
Treena ficou dois dias sem falar comigo
porque não fiquei tão entusiasmada com a lista de Coisas a Fazer, ao contrário
do que ela esperava. Meus pais não notaram essa rusga, estavam felicíssimos por
saber que eu continuaria no emprego. [...]
‒ Somos muito gratos por sua ajuda aqui em
casa, querida. ‒ Mamãe repetiu isso tantas vezes que fiquei meio constrangida.
Foi uma semana engraçada. Treena começou a
arrumar as malas para o curso e todos os dias eu ia dar uma olhada furtiva nas
malas para descobrir quais coisas minhas ela estava pretendendo levar. Ela não
surrupiou quase nenhuma roupa, mas consegui recuperar um secador de cabelo,
meus óculos [...] e minha nécessaire com estampa de limões. Se eu pedisse
explicações, ela ia dar de ombros e dizer:
‒ Bom, você nunca usa essas coisas! ‒ Como se
isso bastasse.
Treena era assim. Ela achava que era seu
direito. Mesmo depois de Thomas ter nascido, ela continuava se considerando a
caçulinha da família e tinha o sentimento bem arraigado de que o mundo girava
em torno dela. Quando éramos pequenas, ela ficava muito irritada quando queria
uma coisa minha e mamãe pedia para eu “emprestar um pouquinho”, nem que fosse
só para manter a paz no lar. [...] Preguei um aviso na minha porta dizendo:
“Minhas coisas são MINHAS. PARE COM ISSO.” Treena rasgou o aviso, reclamou com
mamãe que eu era muito infantil e que o dedo mindinho de Thomas era mais maduro
do que eu. [...]
MOYES, Jojo. Como eu era antes de você.
Tradução de Beatriz Horta. 2012. Disponível em: <https://sebodoquati.files.wordpress.com/2016/07/jojo-moyes-como-eu-era-antes-de-vocc3aa.pdf>.
Acesso em: 15 mar. 2018. Fragmento.
04) Infere-se desse texto que a personagem
Treena
A) ajudava nas despesas de casa.
B) escrevia bilhetes para sua irmã.
C) evitava discussões com sua família.
D) fiscalizava as malas de viagem da irmã.
E) pegava as coisas de sua irmã sem pedir.
05) Nesse texto, o trecho que apresenta uma
relação de causa e consequência é:
A) “Treena ficou dois dias sem falar comigo
porque não fiquei tão entusiasmada com a lista de Coisas a Fazer,...”.
B) “Treena começou a arrumar as malas para o
curso e todos os dias eu ia dar uma olhada furtiva nas malas...”.
C) “Ela não surrupiou quase nenhuma roupa,
mas consegui recuperar um secador...”.
D) “Quando éramos pequenas, ela ficava muito
irritada quando queria uma coisa...”.
E) “Treena rasgou o aviso, reclamou com mamãe
que eu era muito infantil...”.
06) Nesse texto, no trecho “... mamãe pedia
para eu ‘emprestar um pouquinho’...”, o diminutivo na palavra destacada
foi usado para
A) demonstrar proximidade.
B) indicar infantilidade.
C) mostrar simplicidade.
D) suavizar uma ideia.
E) sugerir uma ironia.
Leia os textos abaixo.
Texto 1
Como sabemos, a água é um bem natural
precioso. Embora encontrada em grande quantidade no planeta Terra, seu
tratamento é caro e trabalhoso. Alguns especialistas afirmam que, se o consumo
de água continuar nos níveis atuais (considerando o alto desperdício),
futuramente poderemos enfrentar sérios problemas de falta de água. Além de
colaborar com o meio ambiente, a prática de economia de água e seu consumo
consciente podem gerar uma boa economia na conta de água no final do mês. [...]
Disponível em: <http://migre.me/rBgBl>.
Acesso em: 23 set. 2015. Fragmento.
Texto 2
A água é um recurso finito e não tão
abundante quanto pode parecer, por isso deve ser economizada. Essa é uma noção
que só começou a ser difundida nos últimos anos, à medida que os racionamentos
se tornaram mais urgentes e necessários, até mesmo no Brasil, que é um dos
países com maior quantidade de reservas hídricas – cerca de 15% do total da
água doce do planeta. Não é por acaso que cada vez mais pessoas e organizações
estão se unindo em defesa de seu uso racional. Segundo a Organização das Nações
Unidas (ONU), no século 20 o uso da água cresceu duas vezes mais que a
população. [...]
Disponível em: <http://migre.me/rBgvX>.
Acesso em: 23 set. 2015. Fragmento. (P120925H6_SUP)
07) Esses textos têm como assunto em comum a
A) importância do uso consciente da água.
B) porcentagem total de água doce do planeta.
C) redução do valor da conta de água no mês.
D) relação entre o consumo de água e a
população.
E) valorização das reservas hídricas
brasileiras.
Leia o texto abaixo.
Jogo de adivinhação
Estava sentado no Café com o romance de bolso
no colo, e depois de olhar o relógio sabia que já tinha passado da hora
marcada, ficando impaciente. Cochilou algumas vezes, tentou abrir o livro, mas
logo desistiu. Estava cochilando de novo quando as mãos taparam seus olhos já fechados,
e ele despertou.
Adivinha quem é, disse a voz feminina, e ele
de pronto reconheceria a voz, se já não tivesse reconhecido as mãos. Se já não
tivesse reconhecido o cheiro das mãos e o toque macio. Fazia mais de um ano, e
ele poderia reconhecer aquele cheiro em qualquer lugar, a qualquer tempo.
Não era um cheiro de rosas ou algo do tipo,
clichê. Era um cheiro humano, [...] de pele, um cheiro de dia a dia, de labuta,
um cheiro de café misturado com limpeza, um cheiro de esmalte misturado com
perfume, um cheiro dela, um cheiro que ele conhecia tão bem, e quando ela
disse: adivinha quem é?, ele já sabia.
A irritação foi esquecida e ele abriu um
sorriso [...] transformando aquilo em um abraço [...].
CAVALCANTE, Gabriel Schincariol. Jogo de
adivinhação. In: Medium. 2021. Disponível em:
<https://bit.ly/3nWsaed>. Acesso em: 13 jan. 2021. Fragmento.
08) Nesse texto, há uma relação de causa e
efeito no trecho:
A) “... depois de olhar o relógio sabia que
já tinha passado da hora marcada, ficando impaciente.”. (1º parágrafo)
B) “Cochilou algumas vezes, tentou abrir o
livro, mas logo desistiu.”. (1º parágrafo)
C) “Estava cochilando de novo quando as mãos
taparam seus olhos...”. (1º parágrafo)
D) “... ele poderia reconhecer aquele cheiro
em qualquer lugar, a qualquer tempo.”. (2º parágrafo)
E) “... um cheiro de café misturado com
limpeza, um cheiro de esmalte misturado com perfume, um cheiro dela,...”. (3º
parágrafo)
Leia o texto abaixo.
Uma das bibliotecas mais legais do mundo é
brasileira
Bibliotecas e livrarias deveriam ocupar as
primeiras páginas dos guias de viagem. Apesar desses manuais terem virado um
símbolo dos turistas analógicos, para onde quer que eu viaje tento encontrar um
canto cheio de livros. É bacana ver como esses lugares, que a princípio existem
pelos mesmos propósitos, conseguem [...] encantar turistas apaixonados
por livros como eu.
Seguindo a mesma lógica do cão que se parece
com o dono, livrarias e bibliotecas também ficam a cara da cidade que as
abrigam. Difícil pensar em Buenos Aires sem lembrar da livraria El Ateneo na
Avenida Santa Fé. [...]
Você não precisa esperar as próximas férias
[...] para visitar um santuário de livros bacana. Se você mora perto de São
Paulo ou na capital paulistana, saiba que é vizinho de uma das bibliotecas mais
legais do mundo. A Biblioteca de São Paulo [...] foi finalista do prêmio de
melhor biblioteca do ano na London Book Fair International Excellence Awards 2018,
que aconteceu na última semana. [...]
Essa biblioteca brasileira já nasceu como uma
promessa de transformação. [...] Com 400m2 projetados como se fosse
uma grande livraria, a Biblioteca de São Paulo (BSP) chama a atenção pela
arquitetura que coloca o público como foco [...].
Clubes de livros, projetos de contação de
histórias para crianças, oficinas de tecnologias para idosos, minicursos de
robótica, saraus com jovens, projetos que discutem literatura e gastronomia
estão entre os “experimentos” da BSP.
“Ela está focada na pluralidade, e isso tem a
ver com a literatura – porque, como diz Cristóvão Tezza, literatura não está a
serviço de nada a não ser da liberdade. E biblioteca pública, como um espaço de
literatura e educação, tem que ser um espaço livre para que cada um busque o
seu espaço rumo ao conhecimento”, diz Pierre André Ruprecht, diretor executivo
da SP Leituras, que foi a Londres participar da feira. [...]
CARBONARI, Pâmela. Uma das bibliotecas mais
legais do mundo é brasileira. In: Superinteressante. 2018. Disponível
em: <https://abr.ai/2JVF5KE>. Acesso em: 19 abr. 2018. Fragmento.
09) Nesse texto, no trecho “Se você
mora perto de São Paulo [...], saiba que é vizinho...”, o termo destacado
estabelece uma relação de
A) causa. D)
finalidade.
B) comparação. E) proporção.
C) condição.
Leia o texto abaixo.
Caro Felipão,
Nunca nos encontramos pessoalmente, mas
permita que eu me apresente: me chamo Marcos Caetano, como você pode ler aí no
topo da coluna, e sou cronista esportivo. Mas isso não é importante, pois além
de cronista fui, sou e morrerei torcedor [...].
Também não sou hipócrita de imaginar que você
tenha decidido fazer do esporte o seu ganha-pão – primeiro como jogador e agora
como técnico – se não fosse por amor. Somos, portanto, dois apaixonados por
futebol. E é puramente nessa condição, de um apaixonado que vê no velho esporte
das botinadas um ponto de referência e identidade cultural dos brasileiros, que
te escrevo estas mal traçadas.
Em primeiro lugar, sei que eu e os colegas da
crônica esportiva vivemos pegando no seu pé. Mas também sei que você traz no
caráter uma qualidade [...]: você é honesto. E é impossível deixar de notar o
carinho e o respeito que todos os jogadores que trabalharam contigo têm por
você. Portanto, quando escrevo críticas sobre o seu trabalho, o faço com a certeza
de estar me dirigindo a um homem sincero, preocupado em aprender sempre – e não
a um arrogante cheio de empáfia. [...]
Se os times finalistas, que representam o
novo no futebol brasileiro, não fazem retranca, por que a Seleção deveria
fazer? Você apostou na retranca contra Bolívia, Uruguai e Argentina. E ousou
mais contra Chile, Paraguai e Venezuela. Perdemos as três partidas que jogamos
para não perder e ganhamos as três que jogamos para ganhar.
A razão da carta, como você já percebeu, é
uma só: te pedir que ponha o Brasil para jogar como os finalistas – no ataque.
Essa é a nossa maior tradição [...]. Não sabemos jogar de outro jeito – e o
partidaço da final provou-nos isso uma vez mais [...]. Vamos para cima deles,
Felipão! Os brasileiros confiam em você. Confie também na gente quando pedimos
um time ofensivo.
Disponível em: <http://migre.me/rJmAA>.
Acesso em: 7 out. 2015. Fragmento.
10) Nesse texto, no trecho “... isso não
é importante,...”, o termo destacado se refere ao trecho
A) “Nunca nos encontramos pessoalmente,...”.
B) “... e sou cronista esportivo.”.
C) “... sou e morrerei torcedor...”.
D) “Também não sou hipócrita de imaginar...”.
E) “...te escrevo estas mal traçadas.”.
11) Nesse texto, a expressão “pegando no seu
pé” significa
A) agarrar. D)
discutir.
B) atrapalhar. E) surpreender.
C) cobrar.
12) Nesse texto, no trecho “A razão da carta,
como você já percebeu, é uma só:...”, os dois-pontos foram usados para
A) apontar uma enumeração. D) introduzir uma citação.
B) apresentar uma justificativa. E) mostrar uma dúvida.
C) inserir uma exemplificação.
Leia o texto abaixo.
Anavitória
Início da carreira
Ana Clara Caetano Costa e Vitória Fernandes
Falcão se conheceram na escola em que estudavam, na cidade de Araguaína,
Tocantins. Em 2013, quando já estavam na faculdade, a dupla começou a gravar
vídeos interpretando canções de seus artistas favoritos.
Primeiro EP
Notícias dão conta que, no ano seguinte, Ana
e Vitória receberam um convite para gravarem seu primeiro EP após enviarem um
vídeo para Felipe Simas, em que interpretavam a canção “Um Dia Após o Outro”,
de Tiago Iorc [...]. O EP foi lançado em abril de 2015 e contava com quatro
faixas [...].
Primeiro álbum
O primeiro álbum, intitulado simplesmente
“Anavitória”, veio após o grande sucesso do EP, com canções que misturam MPB,
pop e a música interiorana. As faixas “Agora Eu Quero Ir” e “Dengo” se tornaram
os grandes destaques do disco [...].
Prêmios e marcas importantes
Em 2017, o duo lançou a canção “Fica”, em
parceria com a dupla sertaneja Matheus & Kauan e também participou da
música “Linda”, do rapper brasileiro Projota. Nesse mesmo ano, Ana e Vitória
receberam seu primeiro disco de ouro por atingirem a marca de 40 mil cópias
vendidas. [...]
A dupla foi premiada no Grammy Latino na
categoria Melhor Canção em Língua Portuguesa, com a canção “Trevo (Tu)”,
escrita por Ana Caetano e Tiago Iorc. [...]
EVENTIM. Anavitória. Disponível em:
<https://bit.ly/2CO1A1r>. Acesso em: 28 jan. 2019. Fragmento.
(P120126I7_SUP)
13) De acordo com esse texto, Ana e Vitória
receberam um convite para gravarem seu primeiro EP após
A) enviarem um vídeo para Felipe Simas.
B) lançarem a canção “Fica”.
C) participarem da música “Linda”.
D) receberem seu primeiro disco de ouro.
E) serem premiadas no Grammy Latino.
14) Nesse texto, no trecho “... por atingirem
a marca de 40 mil cópias vendidas.”, a palavra destacada significa
A) afetar.
B) alcançar.
C) arremessar.
D) competir.
E) compreender.
15) No último parágrafo desse texto, as aspas
foram utilizadas para
A) apresentar um título.
B) destacar uma sigla.
C) indicar a fala de um especialista.
D) mostrar o uso de estrangeirismo.
E) ressaltar um comentário do autor.
Leia o texto abaixo.
Sacolejando na proa de um barco Bangka
Durante uma viagem que fiz pela ocasião do
casamento do meu filho nas Filipinas, tive o prazer de viajar a bordo de um
bangka, um barco filipino de dois cascos, como um catamarã, o que lhe dá grande
estabilidade. Seu design esguio e enxuto é usado há milhares de anos e continua
sendo amplamente adotado.
Sentar-se na proa é uma experiência
fascinante, pois o barco levanta água e você fica molhado. Com os pés
pendurados tocando as ondas, senti-me em um parque de diversões.
Alguns do nosso grupo preferiram desfrutar o
passeio sob a proteção da área coberta, enquanto os mais aventureiros ficaram
na proa para sentir no rosto a brisa e a água do mar.
Ao chegarmos ao nosso destino, um santuário
de vida marinha, alguns quiseram apenas se banhar ao sol e ler um bom livro.
Outros mergulharam em outra dimensão e, equipados com snorkle, desfrutaram a
vida marinha que habita o coral. Estrelas-do-mar azuis no fundo da areia branca
e cardumes de pequenos peixes fluorescentes vinham se alimentar em nossas mãos.
Um peixe-palhaço mordiscou meu pé, como se brincasse comigo. Uma quantidade
absurda de peixes nadava de um lado para o outro tornando aquele local vibrante.
E tudo aquilo fazia a viagem para o outro lado do mundo uma experiência mais do
que feliz.
Talvez você seja como os que gostam da
segurança da cabine, ou dos que preferem as emoções da proa, mas a vida é
sempre uma aventura [...].
GORDER, Curtis Peter van. Sacolejando na proa
de um barco Bangka. In: Revista Contato online. 2019. Disponível em:
<https://bit.ly/2SbziIG>. Acesso em: 6 fev. 2019. Fragmento.
16) Nesse texto, há uma opinião no trecho:
A) “... barco filipino de dois cascos, como
um catamarã,...”.
B) “Sentar-se na proa é uma experiência
fascinante...”.
C) “... alguns quiseram apenas se banhar ao
sol...”.
D) “... pequenos peixes fluorescentes vinham
se alimentar...”.
E) “Um peixe-palhaço mordiscou meu pé...”.
Leia os textos abaixo.
Texto 1
A invenção do “olé!”
Uma expressão espanhola usada por torcedores
mexicanos num confronto entre argentinos e brasileiros que praticavam um
esporte inglês. Foi de toda essa salada cultural que nasceu o “olé!”.
Interjeição típica das touradas espanholas, indica que o time que está ganhando
mantém a posse de bola enquanto os adversários tentam pegá-la sem sucesso. Nasce
no dia 20 de fevereiro de 1958, quando Botafogo enfrentava a equipe argentina
do River Plate, na Cidade do México. Garrincha não deixava o argentino Vairo
tocar na bola. O público, encantado, a cada drible desconcertante do nosso
“gênio das pernas tortas” sobre o pobre marcador portenho gritava “Olé!” sem
parar, e assim criou-se a tradição. O curioso é que o mesmo grito tenha dado
nome ao mais popular diário esportivo argentino, o Olé!, que, por sinal,
não perde a oportunidade para alfinetar o escrete verde-amarelo.
Almanaque. Revista de História da
Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro: Nov. 2007, ano 3, n. 26, p. 84.
Texto 2
O anjo de pernas tortas
A um passe de Didi, Garrincha avança
Colado o couro aos pés, o olhar atento
Dribla um, dribla dois, depois descansa
Como a medir o lance do momento.
Vem-lhe o pressentimento; ele se lança
Mais rápido que o próprio pensamento
Dribla mais um, mais dois; a bola trança
Feliz, entre seus pés – um pé de vento!
Num só transporte a multidão contrita
Em ato de morte se levanta e grita
Seu uníssono canto de esperança.
Garrincha, o anjo, escuta e atende: –
Goooool!
É pura imagem: um G que chuta um O
Dentro da meta, um 1. É pura dança!
MORAES, Vinicius de. Disponível em:
<http://www.portalsaofrancisco.com.br/...vinicius-de-moraes/o-anjo-de-pernas-tortas.php>.
Acesso em: 20 jun. 2010.
17) Esses dois textos têm em comum a
A) crítica à rivalidade entre argentinos e
brasileiros.
B) descrição sobre a vida do jogador
Garrincha.
C) explicação de como surgiu uma palavra.
D) informação sobre os dribles de Garrincha.
E) narração de uma partida de futebol.
Leia o texto abaixo.
A ação da leitura em nossa vida
É inegável a transformação que a leitura
proporciona ao homem em todos os aspectos, sejam eles socioculturais ou
políticos. Tal transformação torna-se perceptível à medida que adotamos o
hábito da leitura em nossa vida diária.
Além disso, vale a pena ressaltar que o
prazer oriundo da leitura é insubstituível e fantástico, pois nos permite a
oportunidade de ampliarmos a nossa perspectiva de mundo e, sobretudo, o nosso
conhecimento sobre os problemas e as mazelas sociais que afligem a humanidade.
De certa forma, as palavras são poucas e/ou
escassas para descrever a grandiosidade e a importância da leitura ao ser
humano. Afinal, é através dela que podemos atuar como cidadãos transformadores
do meio em que vivemos e reconhecedores dos direitos e deveres que nos foram
instituídos pelas leis que regem a sociedade.
Portanto, é cabível salientar que a leitura
em geral é um importante instrumento de transformação da realidade [...] porque
nos concede a liberdade e o poder de atuarmos, positivamente, a favor do
bem-estar da humanidade. E, por isso, o conhecimento e a educação devem ser
disseminados para todos, seja através das escolas, dos livros, dos professores
ou dos agentes de leitura, visto que o conhecimento e a educação são os alicerces
para construirmos um futuro próspero a todos.
TORRES, Marcondes. A ação da leitura em nossa
vida. In: Universo da leitura. Disponível em:
<http://www.ouniversodaleitura.com.br/2013/01/exemplo-de-redacao-sobre-leitura.html>.
Acesso em: 20 abr. 2018.
18) Nesse texto, no trecho “Afinal, é através
dela que podemos atuar como cidadãos...”, o termo destacado refere-se à
palavra
A) humanidade. D) transformação.
B) leitura. E)
vida.
C) oportunidade.
Leia o texto abaixo.
O cachorro invisível
Toby, nosso beagle, costumava desaparecer do
quintal de casa, mas sempre retornava algumas horas depois [...]. Um belo dia,
em julho de 1972, não voltou mais. [...] Como a pequena Glenda ficou
inconsolável, nosso vizinho, o sr. Simon, teve uma ideia. Estranhamos quando
ele tocou nossa campainha num sábado de manhã e vimos que segurava uma guia à
qual estava atrelada um arnês1 pequeno para cachorro. Mas não havia
nada no arnês suspenso no ar.
– Bom dia, Fred e Selma – cumprimentou-nos
ele. – Trouxe isso de Kansas. É para a Glenda.
– É um arnês... mas onde está o cachorro? –
Indagou Selma.
– É um cachorro invisível – declarou Simon,
muito sério. – E, com certeza, não vai fugir.
Selma e eu nos entreolhamos. Seria aquela uma
boa ideia? Simon pareceu adivinhar nossos pensamentos.
– Trouxe apenas para distrair a Glenda,
enquanto vocês não compram outro cachorro. Está na moda lá em Kansas.
Uma moda de verão, ao que tudo indicava
[...]. Embora quem a adotasse como brincadeira fossem adultos jovens em sua
grande maioria, não crianças como Glenda. Mas ela gostou da ideia.
– Posso levar o Spark pra escola, pai? –
Indagou.
– Você já deu nome pra ele? – Repliquei
surpreso.
– Me parece um bom nome para um cachorro
invisível – avaliou Selma.
– Então pode – assenti. – Você vai ser a
única criança a levar um cachorro para a escola.
Em breve, não era mais a única. Outras
crianças descobriram a brincadeira e passear cachorros invisíveis tornou-se
popular na cidade durante algum tempo. Como todas as modas, essa também passou
[...]. Acabamos comprando outro cachorro, de verdade, e Glenda desfrutou da
companhia dele por mais de uma década. [...]
*Vocabulário:
1arnês: equipamento de fitas resistentes que envolvem o tronco do animal.
RAYMUNDO, Alex. O cachorro invisível. In: Recanto
das Letras. 2019. Disponível em:
<https://www.recantodasletras.com.br/causos/6566416>. Acesso em: 4 fev.
2019. Fragmento.
19) De acordo com esse texto, quem desfrutou
da companhia do novo cachorro por mais de uma década?
A) Fred. D)
Simon.
B) Glenda. E)
Toby.
C) Selma.
20) Nesse texto, há uma relação de causa e
consequência no trecho:
A) “Como a pequena Glenda ficou inconsolável,
nosso vizinho, o sr. Simon, teve uma ideia.”.
B) “Mas não havia nada no arnês suspenso no
ar.”.
C) “Está na moda lá em Kansas.”.
D) “Embora quem a adotasse como brincadeira
fossem adultos jovens em sua grande maioria...”.
E) “Em breve, não era mais a única.”.
21) Nesse texto, há uma opinião no trecho:
A) “Toby, nosso beagle, costumava desaparecer
do quintal de casa...”.
B) “– Me parece um bom nome para um cachorro
invisível...”.
C) “– Você vai ser a única criança a levar um
cachorro para a escola.”.
D) “Outras crianças descobriram a
brincadeira...”.
E) “Acabamos comprando outro cachorro,...”.
Leia o texto abaixo.
Faltando um pedaço
O amor é um grande laço
Um passo pr’uma armadilha
Um lobo correndo em círculo
Pra alimentar a matilha
Comparo sua chegada
Com a fuga de uma ilha
Tanto engorda quanto mata [...]
O amor é como um raio
Galopando em desafio
Abre fendas, cobre vales
Revolta as águas dos rios
Quem tentar seguir seu rastro
Se perderá no caminho
Na pureza de um limão
Ou na solidão do espinho
O amor e a agonia
Cerraram fogo no espaço
Brigando horas a fio
O cio vence o cansaço
E o coração de quem ama
Fica faltando um pedaço
Que nem a lua minguando
Que nem o meu nos seus braços
DJAVAN. Faltando um pedaço. In: Seduzir.
Edições Musicais Tapajós/ Emi, 1981. Fragmento.
22) Nos versos “O amor é como um raio/
Galopando em desafio/ Abre fendas, cobre vales / Revolta as águas dos rios” (v.
8-11), segundo o eu lírico, o amor expressa
A) agonia.
B) desespero.
C) isolamento.
D) potência.
E) rigidez.
23) No verso “Que nem o meu nos seus
braços” (v. 23), o pronome em destaque retoma a palavra
A) amor.
B) espaço.
C) cansaço.
D) coração.
E) pedaço.
Leia o texto abaixo.
Minhocas aliadas
Apesar de inofensivas, as minhocas não
despertam muita simpatia na maioria das pessoas, não é mesmo? O que você faria
se encontrasse uma em seu jardim? Espero que não tenha nojo, pois esses
pequenos animais [...] são de grande ajuda para que a qualidade do solo esteja
sempre em dia!
[...] Há séculos a presença de minhocas nas
lavouras é considerada um indicador de qualidade do solo – agrônomos italianos
escreveram sobre isso ainda no século 17 [...].
Entretanto, ainda não se sabia exatamente por
que esses anelídeos acabavam sendo benéficos para a terra. É aí que entra em
cena um estudo feito por cientistas da Universidade de Wageningen, nos Países
Baixos, e da Universidade do Norte do Arizona, nos Estados Unidos, em parceria
com o ecólogo brasileiro George Brown [...].
Eles conduziram um tipo de pesquisa que
chamamos de revisão bibliográfica – é quando o pessoal reúne tudo que já foi
descoberto sobre o assunto e, a partir disso, tenta tirar conclusões gerais
sobre o tema. E veja que audacioso: a equipe de George analisou praticamente
tudo que já havia sido escrito sobre minhocas em 53 artigos científicos, publicados
entre 1910 e 2013. [...]
Depois de tanto trabalho, eles concluíram que
as minhocas fazem mesmo muito bem para a terra. Um exemplo disso é o fato de
que a presença delas tende a aumentar a produção de grãos em 25%. Bastante, não
é mesmo? [...]
Mas atenção: elas não fazem milagre. Para
desfrutar dos benefícios da presença delas na terra, o agricultor também deve
ser aliado das minhocas e evitar o uso excessivo de agrotóxicos. Esses venenos
podem fazer um mal danado para as minhoquinhas – podem matá-las ou mesmo
impedir que elas deem aquela força para o solo. [...]
TOSCANO, Gabriel. Minhocas aliadas. In: Ciência
Hoje das Crianças. 2014. Disponível em:
<http://chc.org.br/minhocas-aliadas/>. Acesso em: 5 fev. 2018. Fragmento.
24) Nesse texto, há uma opinião no trecho:
A) “Há séculos a presença de minhocas nas
lavouras é considerada um indicador de qualidade do solo...”.
B) “Entretanto, ainda não se sabia exatamente
por que esses anelídeos acabavam sendo benéficos para a terra.”.
C) “É aí que entra em cena um estudo feito
por cientistas da Universidade de Wageningen, nos Países Baixos, e da
Universidade do Norte do Arizona,...”.
D) “Eles conduziram um tipo de pesquisa que
chamamos de revisão bibliográfica – é quando o pessoal reúne tudo que já foi
descoberto sobre o assunto...”.
E) “E veja que audacioso: a equipe de George
analisou praticamente tudo que já havia sido escrito sobre minhocas em 53
artigos científicos,...”.
25) Nesse texto, no trecho “... ou mesmo
impedir que elas deem aquela força...”, a expressão em destaque
significa
A) ajudar.
B) concordar.
C) construir.
D) resistir.
E) segurar.
Leia o texto abaixo.
Se você me conheceu há cinco anos atrás,
talvez você não saiba mais quem sou
Sabe o que rola? É que mudei demais. Cortei
partes de mim que me faziam mal; deixei para trás os velhos hábitos, mudei o
corte de cabelo, [...] levantei a cabeça pra vida, saca?
Não sou mais aquela pessoa que cometia erros
sem se importar com as consequências. A vida me bateu forte, e eu aprendi que
apanhar não vale a pena. Se hoje erro, logo me desculpo. Percebi com as perdas
que a vida é muito breve para guardar qualquer coisa que não seja lembranças.
Por isso, talvez você não me reconheça mais, pois cheguei à minha
melhor versão; ainda cheia de problemas, mas
bem mais estável e madura do que todas as outras que tentei ser até aqui.
Então, se você me conheceu no momento errado,
a gente se conhece de novo, afinal, eu também não posso garantir que daqui a
cinco anos você irá saber quem sou.
ALVES, Neto. Se você me conheceu há cinco
anos atrás, talvez você não saiba mais quem sou. In: Eoh.2018.
Disponível em:
<http://eoh.com.br/se-voce-me-conheceu-ha-cinco-anos-atras-talvez-voce-nao-saiba-mais-quem-sou/>.
Acesso em: 26 jul. 2018. Fragmento.
26) Infere-se desse texto que
A) as consequências dos erros atrapalham as
pessoas.
B) as pessoas adultas são estáveis e maduras.
C) é importante conhecer as pessoas no
momento certo.
D) errar faz parte dos acontecimentos
cotidianos.
E) vale a pena mudar para ser uma pessoa
melhor.
GABARITO
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1 |
C |
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2 |
D |
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3 |
B |
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4 |
E |
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5 |
A |
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6 |
D |
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7 |
A |
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8 |
A |
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9 |
C |
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10 |
B |
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11 |
C |
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12 |
B |
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13 |
A |
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14 |
B |
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15 |
A |
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16 |
B |
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17 |
D |
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18 |
B |
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19 |
B |
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20 |
A |
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21 |
B |
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22 |
D |
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23 |
D |
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24 |
E |
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A |
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26 |
E |
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