SIMULADO I - LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO DO ENSINO MÉDIO (SAEPE / SAEB) - COM GABARITO
Leia o texto abaixo.
Língua 100
Chegar
ao número 100 é um marco para qualquer publicação pública periódica. Não é mero
sinal de vitalidade que bem poderia passar apenas por comercial – o desempenho felizardo
num dado mercado editorial. Se houve alguma proeza ao longo destas cem edições,
foi a de Língua ter aberto espaço a um painel de diversidade sobre a
linguagem cotidiana, de temas, formas de escrita, perspectivas sobre o idioma e
autores representantes das mais distintas correntes.
Por
ser uma revista que aborda a linguagem como fato jornalístico, sempre buscamos dosar
as referências, da linguística textual à retórica e à semiótica, da crítica
literária à etimologia, da antropologia filosófica aos estudos semânticos, da
pesquisa gramatical funcionalista à descritiva e à normativa, e até as críticas
a essas correntes.
Buscamos acima de tudo, os
discursos legitimados no ramo, sejam eles de linguistas e pesquisadores
universitários a gramáticos da velha escola, de professores de ponta a professores
da ponta do ensino, e a quem quer que faça de algum aspecto da linguagem a sua
razão de ser.
Acreditamos que acertamos mais do
que erramos nestes nove anos de edições. O que não seria pouco: em língua, é
muito fácil ver constatações revelarem-se equívocos: seu campo de debates é um
terreno movediço de certezas provisórias e convicções antigas que sobreviveram
à própria utilidade – e contra as quais ainda lutamos. [...]
Alguns dos mitos mais resistentes
ao tempo tomam as páginas que seguem, um balanço do que já se discutiu ao longo
da existência de Língua. [...]
PEREIRA
JUNIOR, Luiz Costa. Língua. Ano 9. 100. ed. São Paulo: Segmento, 2014.
p. 4. Disponível em: <www.revistalingua.com.br>. Acesso em: 9 mar. 2014.
Fragmento. (P120234G5_SUP)
01)
Qual é o tema desse texto?
A) O
conteúdo jornalístico abordado na revista Língua.
B) O
discurso dos pesquisadores científicos.
C) O
lançamento da centésima edição da revista Língua.
D) Os
erros e os acertos dos nove anos de um periódico.
E) Os
mitos sobre o uso da Língua Portuguesa.
Leia o texto abaixo.
Qual é
o preço da Terra? (Sim, o preço da Terra.)
Sim, alguém calculou. Não que haja
compradores em potencial para o planeta, é claro. Mesmo assim, o astrofísico
americano Greg Laughlin, da Universidade da Califórnia, criou uma fórmula
matemática para chegar ao valor da Terra – e aos de outros planetas também.
O nosso, no caso, vale três mil
trilhões de libras (é uma cifra tão fora da realidade que parece até besteira
converter, mas, em todo caso, fica em torno de oito mil trilhões de reais).
Na fórmula (que o cientista não
divulgou qual é, mas ok, porque certamente é bem complexa e a maioria de nós
não a entenderia, de qualquer forma), entram a idade, o tamanho, a temperatura,
a massa e outras informações pontuais sobre cada planeta.
O fim da conta não surpreende: a
Terra é o mais valioso do universo. Já Marte, por exemplo, que vem ganhando o
carinho da comunidade científica por ser, além do nosso, o planeta mais
imediatamente habitável do Sistema Solar, vale apenas 10 mil libras.
Os cálculos não são perda de tempo
(não completa, pelo menos): a ideia do pesquisador ao criar a fórmula não era
apenas brincar [...]. Ela vem sendo usada por ele para avaliar as descobertas
de novos exoplanetas (planetas localizados fora do nosso Sistema Solar) feitas
pela Nasa. “É uma maneira de eu poder quantificar o quão empolgado devo ficar
em
relação
a qualquer planeta em particular”, explica Laughlin.
Descoberto em 2007, o Gilese 581
C, por exemplo, entusiasmou os cientistas logo de cara por parecer o mais
similar à Terra – mas a conta final do astrofísico americano deu a ele a
etiqueta de apenas 100 libras (olha aí, exoplaneta em promoção!). Já outro, o
KOI 326.01, encontrado mais recentemente, foi estimado por ele em cerca de 150
mil libras.
PERIN,
Thiago. Disponível em:
<http://super.abril.com.br/blogs/cienciamaluca/qual-e-o-preco-da-terra-sim-o-preco-da-terra/>.
Acesso em: 2 mar. 2011. Fragmento. (P120069EX_SUP)
02)
Esse texto tem por finalidade
A)
anunciar a existência de um planeta habitável do Sistema Solar.
B)
apresentar a descoberta de dois exoplanetas.
C)
destacar o carinho da comunidade científica por Marte.
D)
explicar a diferença do preço entre os planetas.
E)
informar sobre o cálculo do valor da Terra e de outros planetas.
03)
Nesse texto, há presença de humor no trecho:
A) “(é
uma cifra tão fora da realidade que parece até besteira converter,...)”.
B)
“(... e a maioria de nós não a entenderia, de qualquer forma)”.
C)
“... a ideia do pesquisador ao criar a fórmula não era apenas brincar...”.
D)
“... deu a ele a etiqueta de apenas 100 libras (olha aí, exoplaneta em
promoção!)”.
E)
“... o KOI 326.01 [...] foi estimado por ele em cerca de 150 mil libras.”.
Leia o
texto abaixo.
Disponível
em: <https://www.google.com.br>. Acesso em: 6 fev. 2014. (P120246G5_SUP)
04) No
terceiro quadrinho desse texto, a expressão do tigre demonstra
A)
empolgação.
B)
indecisão.
C)
irritação.
D)
preocupação.
E)
satisfação.
Leia o texto abaixo.
Conheça
o jogo que pode ser controlado pela mente e ainda ser jogado com amigos
Você
sabia que já existe um novo sistema de interface cérebro a cérebro? BrainNet é revolucionário
porque permite que três pessoas joguem uma espécie de Tetris1,
usando nada mais do que a mente. “Os seres humanos são seres sociais que se
comunicam entre si para cooperar e resolver problemas que nenhum de nós pode
resolver sozinhos”, diz o autor Rajesh Rao, professor da Escola Paul G. Allen
de Ciência da Computação e Engenharia. Além disso, ele também é diretor do
Centro de Neurotecnologia da Universidade de Washington. “Queríamos saber se um
grupo de pessoas poderia colaborar usando apenas seus cérebros. Foi assim que
surgiu a ideia da BrainNet: onde duas pessoas ajudam uma terceira pessoa a
resolver uma tarefa”. O jogo, que pode ser controlado pela mente, é o primeiro
passo para tecnologias de interface cerebral.
Como em Tetris, o jogo mostra um
bloco no topo da tela e uma linha que precisa ser completada na parte inferior.
Duas pessoas, chamadas de “Emissores”, podem ver tanto o bloco quanto a linha,
mas não conseguem controlar absolutamente nada. A terceira pessoa (Receptor)
tem acesso ao bloco.
Assim, tem o direito de inferir ao
jogo se deve ou não girar o bloco para completar a linha. Cada emissor
certifica-se sobre a maneira que o bloco precisa ser girado e, em seguida, passa
essa informação para o cérebro do receptor. A informação é processada e o
jogador envia um comando pelas suas ondas cerebrais.
Cinco grupos de trio jogaram 16
rodadas da plataforma. Para cada grupo, todos os participantes estavam em salas
diferentes. Não podiam ver, ouvir ou falar um com o outro. “Uma vez que o remetente
toma uma decisão sobre girar o bloco, ele envia ‘Sim’ ou ‘Não’ ao cérebro do
Receptor, concentrando-se na luz correspondente”, diz o primeiro autor, Linxing
Preston Jiang. [...]
*Vocabulário:
1Tetris:
jogo eletrônico de quebra-cabeça.
DESTÉFANO,
Bruno. Conheça o jogo que pode ser controlado pela mente e ainda ser jogado com
amigos. In: Fatos desconhecidos. 2019. Disponível em:
<https://bit.ly/2SooqnS>. Acesso em: 18 jul. 2019. Fragmento.
(P100624I7_SUP)
05) A
ideia principal desse texto é
A) a
capacidade que a mente humana tem de tomar decisões para ajudar pessoas.
B) a
comunicação desenvolvida entre seres humanos para resolver problemas.
C) a
tecnologia de interface que permite às pessoas jogar por meio da mente.
D) o
processamento de informações comandadas por ondas cerebrais.
E) o
programa cerebral que possibilita controlar a mente humana.
Leia o
texto abaixo.
Jogo
de adivinhação
Estava sentado no Café com o
romance de bolso no colo, e depois de olhar o relógio sabia que já tinha
passado da hora marcada, ficando impaciente. Cochilou algumas vezes, tentou
abrir o livro, mas logo desistiu. Estava cochilando de novo quando as mãos
taparam seus olhos já fechados, e ele despertou.
Adivinha quem é, disse a voz
feminina, e ele de pronto reconheceria a voz, se já não tivesse reconhecido as
mãos. Se já não tivesse reconhecido o cheiro das mãos e o toque macio. Fazia mais
de um ano, e ele poderia reconhecer aquele cheiro em qualquer lugar, a qualquer
tempo.
Não era um cheiro de rosas ou algo
do tipo, clichê. Era um cheiro humano, [...] de pele, um cheiro de dia a dia,
de labuta, um cheiro de café misturado com limpeza, um cheiro de esmalte misturado
com perfume, um cheiro dela, um cheiro que ele conhecia tão bem, e quando ela
disse: adivinha quem é?, ele já sabia.
A irritação foi esquecida e ele
abriu um sorriso [...] transformando aquilo em um abraço [...].
CAVALCANTE,
Gabriel Schincariol. Jogo de adivinhação. In: Medium. 2021. Disponível
em: <https://bit.ly/3nWsaed>. Acesso em: 13 jan. 2021. Fragmento.
(P101053I7_SUP)
06) O
desfecho desse texto acontece quando
A) a
mulher pede que o narrador adivinhe quem ela é.
B) a
mulher tapa os olhos do narrador e ele desperta.
C) o
narrador percebe que a mulher está atrasada.
D) o
narrador reconhece a voz da mulher.
E) o
narrador sorri e abraça a mulher.
Leia o
texto abaixo.
Uma
das bibliotecas mais legais do mundo é brasileira
Bibliotecas e livrarias deveriam
ocupar as primeiras páginas dos guias de viagem. Apesar desses manuais terem
virado um símbolo dos turistas analógicos, para onde quer que eu viaje tento
encontrar um canto cheio de livros. É bacana ver como esses lugares, que a princípio
existem pelos mesmos propósitos, conseguem [...] encantar turistas apaixonados por
livros como eu.
Seguindo a mesma lógica do cão que
se parece com o dono, livrarias e bibliotecas também ficam a cara da cidade que
as abrigam. Difícil pensar em Buenos Aires sem lembrar da livraria El Ateneo na
Avenida Santa Fé. [...]
Você não precisa esperar as
próximas férias [...] para visitar um santuário de livros bacana. Se você mora
perto de São Paulo ou na capital paulistana, saiba que é vizinho de uma das
bibliotecas mais legais do mundo. A Biblioteca de São Paulo [...] foi finalista
do prêmio de melhor biblioteca do ano na London Book Fair International
Excellence Awards 2018, que aconteceu na última semana. [...]
Essa biblioteca brasileira já
nasceu como uma promessa de transformação. [...] Com 400m2
projetados como se fosse uma grande livraria, a Biblioteca de São Paulo (BSP) chama
a atenção pela arquitetura que coloca o público como foco [...].
Clubes de livros, projetos de
contação de histórias para crianças, oficinas de tecnologias para idosos,
minicursos de robótica, saraus com jovens, projetos que discutem literatura e gastronomia
estão entre os “experimentos” da BSP.
“Ela está focada na pluralidade, e
isso tem a ver com a literatura – porque, como diz Cristóvão Tezza, literatura
não está a serviço de nada a não ser da liberdade. E biblioteca pública, como
um espaço de literatura e educação, tem que ser um espaço livre para que cada
um busque o seu espaço rumo ao conhecimento”, diz Pierre André Ruprecht,
diretor executivo da SP Leituras, que foi a Londres participar da feira. [...]
CARBONARI,
Pâmela. Uma das bibliotecas mais legais do mundo é brasileira. In:
Superinteressante. 2018. Disponível em: <https://abr.ai/2JVF5KE>.
Acesso em: 19 abr. 2018. Fragmento. (P110651H6_SUP)
07)
Nesse texto, no trecho “Apesar desses manuais terem virado um símbolo dos turistas
analógicos,...”, a expressão em destaque foi utilizada para
A)
comparar o custo da produção de manuais impressos e digitais.
B)
denominar as pessoas que preferem os manuais impressos aos digitais.
C)
indicar que as bibliotecas e livrarias têm acesso limitado à internet.
D)
instruir sobre como os manuais de viagem devem ser escritos.
E)
sugerir que as bibliotecas e livrarias deveriam utilizar um acervo digital.
Leia o
texto abaixo.
Artefato
romano do século 2 d.C. é encontrado em um jardim na Inglaterra
Vinte anos atrás, a proprietária
de uma casa em Whiteparish, uma pequena vila no sul da Inglaterra, encontrou
uma grande pedra de mármore em seu jardim.
Por causa do tamanho, a senhora
decidiu usar a pedra como uma espécie de banquinho de apoio para montar cavalos
– quem já subiu em um sabe que não é uma tarefa das mais fáceis. Por quase uma
década, o pedregulho permaneceu lá, numa boa.
Até que, certo dia, os donos da
casa perceberam que havia uma coroa de louros talhada em sua superfície. Eles,
então, decidiram levar um objeto a um especialista, que deu o diagnóstico: a
pedra, na verdade, era um artefato romano de quase 2 mil anos de idade.
Ao que tudo indica, o objeto é uma
estela (do grego “stela”, que significa “pedra erguida”). Estelas são
monolitos com textos, esculturas ou inscrições em seu relevo. Em civilizações
antigas, eram usados para marcar eventos importantes, como [...] memoriais de
batalha ou, ainda, a demarcação de conquista de um território.
A lajota encontrada na Inglaterra
provavelmente foi feita no século 2 d.C. Dentre os prováveis locais de origem
estão a Grécia e a região da Ásia Menor, onde hoje fica a Turquia. No Império
Romano, folhas de louro eram consideradas símbolo de triunfo e vitória para
comandantes. [...]
BATTAGLIA,
Rafael. Artefato romano do século 2 d.C. é encontrado em um jardim na
Inglaterra. In: Superinteressante. 2021. Disponível em:
<https://bit.ly/39KvfJg>. Acesso em: 13 jan. 2021. Fragmento.
(P101058I7_SUP)
08) O
assunto desse texto é
A) a
descoberta de um antigo objeto romano em uma residência.
B) a
dificuldade encontrada por algumas pessoas ao subir em cavalos.
C) a
ferramenta utilizada pelos romanos para o registro de textos.
D) a
forma como os romanos demarcavam os territórios conquistados.
E) a
origem grega de algumas palavras utilizadas atualmente.
09)
Esse texto foi escrito para
A)
anunciar um produto.
B)
defender uma opinião.
C)
divulgar uma informação.
D)
ensinar um procedimento.
E)
narrar uma história.
10)
Nesse texto, no trecho “... o pedregulho permaneceu lá, numa boa.” (2º
parágrafo), a expressão destacada é comumente utilizada em
A)
conversas entre amigos.
B)
documentos jurídicos.
C)
entrevistas de emprego.
D)
livros didáticos.
E)
textos religiosos.
Leia o
texto abaixo.
Coruja
super-rara dá o ar da graça depois de 125 anos
A coruja rajá de Bornéu (Otus
brookii brookii) é uma espécie tão pequena que apenas seu tamanho já
tornaria sua identificação mais complexa. Nativa do Sudeste da Ásia e com peso
médio de apenas 100 gramas, ela não era vista há 125 anos, até que foi
encontrada pelo ecologista Andy Boyce, do Smithsonian Migratory Bird Center, em
2016.
A descoberta só se tornou pública
agora, com a publicação de um estudo no “The Wilson Journal of Ornithology”.
“Foi uma série de acontecimentos e
emoções muito rápidas quando vi a coruja pela primeira vez. Fiquei em total
choque e empolgação por ter encontrado esse pássaro mítico, depois pura ansiedade
por ter que documentá-lo o mais rápido que pude”, relembrou o pesquisador.
O encontro aconteceu em maio de
2016, no Monte Kinabalu, na Malásia, durante uma expedição para um estudo sobre
a evolução de espécies aviárias na região na última década. A coruja estava em
uma localização a quase 1,7 mil metros de altitude.
Algumas características da rajá de
Bornéu são completamente desconhecidas. Não há dados conhecidos sobre sua
vocalização, distribuição e biologia reprodutiva. Encontrar dados sobre sua
situação na ilha de Bornéu pode ajudar na conservação da espécie. A Otus
brookii brookii foi documentada pela primeira vez em 1892.
REDAÇÃO
HYPENESS. Coruja super-rara dá o ar da graça depois de 125 anos. 2021.
Disponível em: <https://bit.ly/3wxi8VA>. Acesso em: 11 maio 2021.
Adaptado: Reforma Ortográfica. (P122883I7_SUP)
11)
Esse texto é
A) uma
crônica.
B) uma
entrevista.
C) uma
fábula.
D) uma
notícia.
E) uma
resenha.
12) No
primeiro parágrafo desse texto, o termo “Otus brookii brookii” é exemplo
de linguagem comum em
A)
artigos científicos.
B)
certas regiões do país.
C)
conversas entre amigos.
D)
documentos jurídicos.
E)
entrevistas de emprego.
Leia o
texto abaixo.
13) No
segundo quadrinho desse texto, a palavra “cabrum” indica o barulho
A) do
início da chuva.
B) do
outro personagem chegando.
C) do
galho se quebrando.
D) do
guarda-chuva se abrindo.
E) do
personagem caindo.
Leia o texto abaixo.
Alta
Velocidade
Já fazia um bom tempo que aquele
policial estava de olho naquele motorista apressadinho. Ele pensou:
Amanhã [...] não vai me escapar.
[...] O engraçadinho não perde por esperar.
No dia seguinte, o policial fez o
sinal para que o motorista infrator parasse. O motorista atendeu prontamente e
parou o veículo. Sem perder tempo, o policial foi logo dizendo:
– Hã!... Hã! Bonito, heim! Até que
enfim nos encontramos. Por acaso o senhor sabia que já faz um bom tempo que eu
estava aqui à sua espera?
– Puxa vida, seu policial!
Sinceramente, sinto muito! Eu juro que eu não sabia, só fiquei sabendo disso há
alguns minutos e, como o senhor mesmo viu, eu vim o mais rápido que pude...
SILVA,
Edson Rodrigues. Disponível em: <http://migre.me/s64cq>. Acesso em: 12
nov. 2015. Fragmento. (P121322H6_SUP)
14)
Nesse texto, o fato que deu origem à narrativa foi
A) o
motorista sentir-se mal por fazer o policial esperar.
B) o
motorista ter atendido ao sinal dado pelo policial.
C) o
motorista ter o costume de passar pelo policial em alta velocidade.
D) o
policial dizer ao motorista que queria encontrá-lo.
E) o
policial ter planejado encontrar o motorista no dia seguinte.
Leia o
texto abaixo.
Ação
de repovoamento do manguezal deverá receber 200 mil larvas em um ano
A ação
de repovoamento do caranguejo-uçá visa à manutenção da biodiversidade e geração
de renda
Dentro de um ano, o manguezal de
Vitória deverá receber até 200 mil megalopas (larvas) de caranguejo da espécie
uçá, dentro do processo de repovoamento do mangue promovido pela Prefeitura de
Vitória (PMV), por intermédio da Companhia de Desenvolvimento de Vitória (CDV).
A informação é do coordenador da
pesquisa [...]. O pesquisador informou que a quantidade de megalopas somente
não é maior por causa da dificuldade na obtenção das fêmeas com óvulas. Ele
disse que os catadores de caranguejo vêm dando sua contribuição ao
desenvolvimento da pesquisa, por meio da União de Catadores de Caranguejo de
Vitória (UCCV).
O “repovoamento do caranguejo-uçá
(Ucides cordatus) visando à manutenção da biodiversidade e geração de
renda” é uma pesquisa financiada pelo Fundo de Apoio à Ciência e à Tecnologia
(Facitec), desenvolvida desde novembro de 2008. Os recursos totalizam R$
53.689,00.
O gasto dos pesquisadores é
basicamente com a compra de equipamentos, tanques, tubulações, vidrarias e
alimentação para as larvas. O pesquisador disse que está confirmada [...] a
soltura de 20 mil megalopas de caranguejo da espécie uçá. A segunda soltura
poderá ocorrer em um prazo de 90 dias, na região noroeste de Vitória, onde está
o manguezal da cidade.
[...] Também será importante o
apoio dos catadores, pois o desenvolvimento do caranguejo até chegar a fase
adulta, quando é “catado” para a comercialização, demora de seis a oito anos.
Em Vitória, cerca de 135 famílias vivem da cata de caranguejos, uma iguaria
muito apreciada pelo capixaba.
Disponível
em: <http://www.vitoria.es.gov.br/
secom.php?pagina=noticias&idNoticia=3320>. Acesso em: 25 mar. 2010.
Fragmento. (P120074ES_SUP)
15) O
objetivo principal desse texto é
A) dar
explicações sobre a descoberta de uma nova espécie de caranguejo.
B)
divulgar uma pesquisa realizada com a espécie uçá de caranguejos.
C)
informar sobre a iniciativa da Prefeitura de Vitória de repovoar o mangue com
megalopas.
D)
prestar contas sobre os gastos obtidos pela compra das megalopas.
E)
requerer apoio financeiro por parte das instituições envolvidas na caça de
caranguejos.
Leia o
texto abaixo.
Engenheiro
dá aulas de física e matemática de graça em praça do RJ
“Tiro dúvidas de matemática e
física. Grátis”.
Com esta frase Silvério da Silva
Moron, um engenheiro de 63 anos, está seguindo a máxima de que conhecimento não
é nada se não for compartilhado. Unindo o tempo livre da aposentadoria e a
paixão por ensinar, o engenheiro resolveu oferecer aulas gratuitas de física e
matemática em uma praça pública no bairro de Botafogo, zona sul do Rio de
Janeiro.
Convicto de que o investimento em
educação é a coisa mais importante de todas, ele auxilia estudantes, de
diferentes faixas etárias, que estão com dificuldades nas matérias exatas. As
reuniões, que sempre acontecem na pacata pracinha, despertam nos alunos a vontade
de aprender um pouco mais sobre as matérias.
Não é de hoje que o aposentado
pensa em dar aulas de reforço em locais públicos, mas por causa das obrigações
da vida profissional nunca sobrou tempo para a concretização do sonho. Mas não
pense que durante os 41 anos na engenharia ele deixou de lado o amor pela
educação. Há mais ou menos 14 anos Silvério descobriu sua vocação e desde então
dá aulas particulares para alunos do ensino fundamental, médio e superior.
[...]
VIEIRA,
Kauê. Engenheiro dá aulas de física e matemática de graça em praça do RJ. In: Hypyness.
Disponível em: <http://www.hypeness.com.br/2018/03/engenheiro-da-aulas-de-fisica-e-matematica-de-graca-em-praca-do-rj/>.
Acesso em: 5 abr. 2018. Fragmento. (P100488H6_SUP)
16) A
informação principal desse texto está no trecho:
A)
“... o engenheiro resolveu oferecer aulas gratuitas de física e matemática em
uma praça pública no bairro de Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro.”.
B)
“... ele auxilia estudantes, de diferentes faixas etárias, que estão com
dificuldades nas matérias exatas.”.
C) “As
reuniões, que sempre acontecem na pacata pracinha, despertam nos alunos a
vontade de aprender um pouco mais sobre as matérias.”.
D)
“Não é de hoje que o aposentado pensa em dar aulas de reforço em locais
públicos, mas por causa das obrigações da vida profissional nunca sobrou
tempo...”.
E) “Há
mais ou menos 14 anos Silvério descobriu sua vocação e desde então dá aulas
particulares...”.
Leia o
texto abaixo.
Minha
experiência na Serra do Rio do Rastro
No dia em que eu fui, havia muita
gente descendo a Serra do Rio do Rastro em cima de todos os tipos de veículos
como carros, motos, bicicletas e caminhões. Eu fui de carro e adorei o passeio
porque o carro deu a flexibilidade de parar nos mirantes que existiam no caminho
para apreciar a natureza. Ótimos locais para fotografar muito!
Confesso que dá certo medo de
andar na Serra do Rio do Rastro porque a serra é realmente muito alta e a
estrada também é estreita. Tome muito cuidado ao encontrar ônibus ou caminhões
pelo caminho. Muitas vezes é necessário parar, pois eles têm que dar marcha à
ré para conseguir manobrar nas curvas e seguir em frente.
Fora o medo, todo o passeio é
bacana, por isso não deixe de descer e subir a Serra do Rio do Rastro, já que
observar e curtir a descida e a subida são sensações completamente diferentes.
Eu parti do mirante e desci até a metade da serra. Depois voltei, já que meu trajeto
seguinte era a cidade de Urubici, e não o litoral catarinense.
Durante a descida, o que me chamou
a atenção é que o piso da estrada da Serra do Rio do Rastro é todo de concreto,
o que permite uma maior segurança aos carros, caminhões, motos e outros
veículos. [...]
A serra também é toda iluminada e,
à noite, tem uma visão incrível a partir do mirante. [...]
Depois da visita, entendi porque a
Serra do Rio do Rastro é considerada um dos mais bonitos cartões-postais do
estado de Santa Catarina.
Próximo ao mirante, você consegue
visualizar a usina eólica de Bom Jardim da Serra, nas margens da rodovia
SC-390. O parque é aberto ao público e o valor cobrado para visitação é de R$
10,00, sendo que, durante a semana, é preciso fazer agendamento.
Eu particularmente não tive muito
interesse de ir ao passeio na usina eólica, já que é possível visualizar da
rodovia as torres que parecem um enorme cata-vento de três hélices. [...]
BUSARELLO,
Thiago Cesar. Disponível em: <https://goo.gl/O3y1Ss>. Acesso em: 6 fev.
2017. Fragmento. (P121285H6_SUP)
17)
Esse texto apresenta características do gênero
A)
biografia.
B)
crônica jornalística.
C)
diário.
D)
relato de viagem.
E)
reportagem.
Leia o
texto abaixo.
Faltando
um pedaço
O amor
é um grande laço
Um
passo pr’uma armadilha
Um
lobo correndo em círculo
Pra
alimentar a matilha
Comparo
sua chegada
Com a
fuga de uma ilha
Tanto
engorda quanto mata [...]
O amor
é como um raio
Galopando
em desafio
Abre
fendas, cobre vales
Revolta
as águas dos rios
Quem
tentar seguir seu rastro
Se
perderá no caminho
Na
pureza de um limão
Ou na
solidão do espinho
O amor
e a agonia
Cerraram
fogo no espaço
Brigando
horas a fio
O cio
vence o cansaço
E o
coração de quem ama
Fica
faltando um pedaço
Que
nem a lua minguando
Que
nem o meu nos seus braços
DJAVAN.
Faltando um pedaço. In: Seduzir. Edições Musicais Tapajós/ Emi, 1981.
Fragmento. (P121073ES_SUP)
18) No
trecho “O amor e a agonia/ Cerraram fogo no espaço”, a expressão em destaque
sugere
A)
aperto.
B)
bloqueio.
C)
convergência.
D)
luta.
E)
união.
Leia o
texto abaixo.
A
turma de branco está com tudo
Os
brasileiros passaram a viver mais e a necessitar por mais tempo de médicos,
enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas e outros
profissionais do setor de saúde.
O
número de médicos em atividade no Brasil é duas vezes mais o que a Organização Mundial
de Saúde recomenda. Pelos critérios internacionais, o país também tem o triplo
de farmácias de que precisa. Uma análise superficial desses dados poderia levar
à conclusão de que o setor de saúde está próximo da saturação. Ocorre
justamente o contrário. A demanda por profissionais das carreiras nessa área
continua crescendo. A Medicina aparece como o curso que recebe o maior número
de candidatos nos vestibulares das universidades públicas. A demanda por vagas
em escolas de Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia e Nutrição
está em expansão. Na raiz desse fenômeno, se encontra o aumento da expectativa
média de vida dos brasileiros, que, em duas décadas, passou de 67 para 72,6
anos. Com a velhice mais longa, a população precisa de hospitais, clínicas,
laboratórios e seus profissionais por mais tempo.
Veja. 11
nov. 2009. Fragmento. (P120011B1_SUP)
19)
Qual é a tese defendida pelo autor desse texto?
A) A
carreira de médico e o setor da saúde em geral estão saturados no Brasil.
B) A
demanda por vagas no curso de Medicina aumentou.
C) A
população precisa de hospitais, clínicas e laboratórios.
D) O
brasileiro passou a viver mais e a necessitar de médicos por mais tempo.
E) O
país tem o triplo de farmácias de que precisa.
Leia o
texto abaixo.
Helena
– Capítulo XIII
Dissolvida a reunião, Helena
recolheu-se à pressa com o pretexto de que estava a cair de sono, mas realmente
para dar à natureza o tributo de suas lágrimas. O desespero comprimido
tumultuava no coração, prestes a irromper. Helena entrou no quarto, fechou a porta,
soltou um grito e lançou-se de golpe à cama, a chorar e a soluçar.
A beleza dolorida é dos mais
patéticos espetáculos que a natureza e a fortuna podem oferecer à contemplação
do homem. Helena torcia-se no leito como se todos os ventos do infortúnio se
houvessem desencadeado sobre ela. Em vão tentava abafar os soluços, cravando os
dentes no travesseiro. Gemia, entrecortava o pranto com exclamações soltas,
enrolava no pescoço os cabelos deslaçados pela violência da aflição, [...].
Colérica, rompeu com as mãos o corpinho do vestido; e pode à larga desafogar-se
dos suspiros que o enchiam. Chorou muito; chorou todas as lágrimas poupadas
durante aqueles meses plácidos e felizes, leite da alma com que fez calar a
pouco e pouco os vagidos de sua dor.
ASSIS,
Machado. Helena. São Paulo: Ática, 1997. *Adaptado: Reforma Ortográfica.
Fragmento. (P100159E4_SUP)
20)
Nesse texto, o elemento da narrativa que predomina é
A) a
descrição do espaço da narrativa.
B) a
apresentação da personagem.
C) a
sequência de ações da narrativa.
D) a
caracterização do narrador.
E) a
passagem do tempo.
Leia o
texto abaixo.
Amigos
de infância
ATO 1
Sala do pequeno apartamento
alugado pelos amigos. No centro do palco (sala), há uma mesinha e, a sua volta,
dois sofás do mesmo tamanho, um de frente para o outro, os dois de lado para a
plateia, um carpete cinza toma conta do chão. Aos fundos, um pequeno rack apoia
um rádio moderno [...]. À esquerda do palco, fica a cozinha, que se resume em
um balcão grande que esconde a pia por trás, à frente do balcão, uma mesa de
jantar redonda com três cadeiras a sua volta. À direita do palco, fica a porta
da frente [...], à esquerda do palco, fica a saída para o banheiro e os
quartos. [...] Dia.
CENA 1
Jéssica, Pedro, Tomas. Os três
acabam de se mudar para a nova casa em que passarão alguns dias juntos. Pedro e
Tomas entram pela porta da frente, cada um deles traz duas malas nas mãos,
Tomas entra primeiro, Pedro em segundo e Jéssica por último trazendo duas malas
grandes. Os rapazes aparentam estar cansados, enquanto Jéssica, eufórica.
PEDRO (entrando na frente com duas
malas grandes) – Não sei por que tanta mala de roupa, ela nem vai vestir tudo
isso.
JÉSSICA – Não reclama, você fala
demais.
TOMAS – Na boa, Jéssica, você tem
mais roupa do que nós dois e nem veste tudo isso.
JÉSSICA – É claro que eu visto...
PEDRO (deixa as duas malas grandes
no sofá) – Duvido. (Tomas e Jéssica colocam as malas no sofá em que Pedro
colocou, os dois homens aparentam estar cansados).
JÉSSICA (agarra Pedro e Tomas pelo
pescoço e os beija) – Vai ser muito bom morar com vocês. Como nos velhos
tempos. (Tomas e Pedro reclamam da dor).
PEDRO (reclama da dor) – Caramba
Jéssica, precisa apertar tão forte? E outra, a gente nem vai ficar tanto tempo
juntos aqui, só alguns dias pra ajeitar as coisas...
JÉSSICA – É, mais vai dar pra pôr
os velhos tempos em dia! [...]
RIBEIRO,
Matheus. Disponível em: <http://zip.net/bctJp4>. Acesso em: 20 abr. 2016.
Fragmento. (P121297H6_SUP)
21)
Qual é o gênero desse texto?
A)
Crônica.
B)
Entrevista.
C)
Peça de teatro.
D)
Relato de experiência.
E)
Sinopse.
Leia o
texto abaixo.
22) O
humor desse texto está
A) na
atenção dos animais às atitudes do homem.
B) na
conclusão dos animais sobre os truques feitos pelo homem.
C) na
forma como o homem realiza a atividade física.
D) no
fato de o homem ser interrompido pelo entregador.
E) no
truque ensinado pelo homem aos animais.
Leia o
texto abaixo.
A rã
sábia
Como a onça estivesse para
casar-se, os animais todos andavam aos pulos, radiantes, com olho na festa
prometida. Só uma velha rã sabidona torcia o nariz àquilo.
O marreco observou-lhe o trejeito
e disse:
– Grande enjoada! Que cara feia é
essa, quando todos nós pinoteamos alegres no antegozo do festão?
– Por um motivo muito simples –
respondeu a rã. Porque nós, como vivemos quietas, a filosofar, sabemos muito da
vida e enxergamos mais longe do que vocês. Responda-me a isto: se o Sol se
casasse e em vez de torrar o mundo sozinho o fizesse ajudado por dona Sol e por
mais vários sóis filhotes? Que aconteceria?
– Secavam-se todas as águas, está
claro.
– Isto mesmo. Secavam-se as águas
e nós, rãs e peixes, levaríamos a breca. Pois calamidade semelhante vai cair
sobre vocês. Casa-se a onça, e já de começo será ela e mais o marido a
perseguirem os animais. Depois aparecem as oncinhas – e os animais terão que
aguentar com a fome de toda a família. Ora, se um só apetite já nos faz tanto
mal, que será quando forem três, quatro e cinco?
O marreco refletiu e concordou:
– É isso mesmo...
Moral: Pior
que um inimigo, dois; pior que dois, três...
LOBATO,
Monteiro. Fábulas. São Paulo: Brasiliense. 1958. Fragmento.
(P120666ES_SUP)
23) No
trecho “Só uma velha rã sabidona torcia o nariz àquilo.” (ℓ. 2), a
expressão destacada sugere
A)
ansiedade.
B)
desaprovação.
C)
inveja.
D)
raiva.
E)
sabedoria.
Leia o
texto abaixo.
GONSALES,
Fernando. Níquel Náusea. In: Folha de São Paulo. Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/cartum/cartunsdiarios/#19/1/2018/>.
Acesso em: 1 fev. 2018. (P100267H6_SUP)
24)
Infere-se desse texto que o personagem Assis
A)
aborreceu os seus amigos por demorar a entender piadas.
B)
contou uma piada para os seus amigos.
C)
ficou refletindo sobre uma piada contada pelos seus amigos.
D)
fingiu que entendeu a piada que o rato estava contando.
E) riu
de uma piada que demorou a entender.
Leia o
texto abaixo.
Feliz
por nada
Geralmente, quando uma pessoa
exclama Estou tão feliz!, é porque engatou um novo amor, conseguiu uma
promoção, ganhou uma bolsa de estudos, perdeu os quilos que precisava ou algo
do tipo. Há sempre um porquê. Eu costumo torcer para que essa felicidade dure
um bom tempo, mas sei que as novidades envelhecem e que não é seguro
se
sentir feliz apenas por atingimento de metas. Muito melhor é ser feliz por
nada.
Digamos: feliz porque maio recém
começou e temos longos oito meses para fazer de 2010 um ano memorável. Feliz
por estar com as dívidas pagas. Feliz porque alguém o elogiou. [...]
Esquece.
Mesmo sendo motivos prosaicos, isso ainda é ser feliz por muito.
Feliz
por nada, nada mesmo?
Talvez
passe pela total despreocupação com essa busca. Essa tal de felicidade
inferniza. [...]
Particularmente,
gosto de quem tem compromisso com a alegria, que procura relativizar as
chatices diárias e se concentrar no que importa pra valer, e assim alivia o seu
cotidiano e não atormenta o dos outros. Mas não estando alegre, é possível ser
feliz também. Não estando “realizado”, também. Estando triste, felicíssimo
igual. Porque felicidade é calma.
Consciência.
É ter talento para aturar o inevitável, é tirar algum proveito do imprevisto, é
ficar debochadamente assombrado consigo próprio [...]. Pois é, são os efeitos
colaterais de se estar vivo.
Benditos
os que conseguem se deixar em paz. Os que não se cobram por não terem cumprido
suas resoluções, que não se culpam por terem falhado, não se torturam por terem
sido contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos. Apenas fazem o melhor
que podem. [...]
Ser
feliz por nada talvez seja isso.
MEDEIROS,
Martha. Disponível em: <http://migre.me/rCAA1>. Acesso em: 25 set. 2015.
Fragmento. (P121023H6_SUP)
25) O
trecho que apresenta a ideia defendida nesse texto é:
A) “Eu
costumo torcer para que essa felicidade dure...”.
B)
“... sei que as novidades envelhecem...”.
C)
“Muito melhor é ser feliz por nada.”.
D)
“Essa tal de felicidade inferniza.”.
E)
“... é tirar algum proveito do imprevisto,...”.
Leia o
texto abaixo.
Viciados
na telinha
Caro professor,
Entre as perguntas repetidas que
costumam me fazer, uma das mais frequentes é sobre a concorrência que as novas
tecnologias fazem à leitura. Todo mundo parece se preocupar muito com o efeito
que as telas da televisão ou do computador podem ter para desviar leitores das
páginas dos livros. Realmente, são tentadoras. Mas não são o fim do mundo.
Às vezes respondo com lembranças
de meu tempo de menina, quando televisão não existia com a força de hoje. Mas
existia quintal – algo que, atualmente, em grande parte se acabou. E poucas
coisas podiam ser tão tentadoras quanto quintal. Tinha árvore, terra, minhoca,
espaço para correr, brincar de pique, jogar bola, fazer comidinha, pular
amarelinha... Um monte de atividades muito atraentes que também competiam com a
leitura. A gente brincava muito. E também lia muito.
Com esta lembrança, quero
reafirmar que o problema não está na existência de outras solicitações
tentadoras. Qualquer pessoa que gosta de ler sabe dosar seu tempo entre elas.
Um abraço,
Ana Maria Machado.
MACHADO,
Ana Maria. Carta fundamental. Out. 2010. (P100321ES_SUP)
26) A
tese defendida pela autora desse texto é que
A) as
televisões eram tão tentadoras quanto os quintais.
B) as
televisões eram incomuns em sua infância.
C) as
telas das televisões são tentadoras.
D) as
tecnologias concorrem com a leitura.
E) as
pessoas que gostam de ler sabem dosar seu tempo.
GABARITO
|
1 |
C |
|
2 |
E |
|
3 |
D |
|
4 |
E |
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5 |
C |
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6 |
E |
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7 |
B |
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8 |
A |
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9 |
C |
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10 |
A |
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11 |
D |
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12 |
A |
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13 |
A |
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14 |
C |
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15 |
C |
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16 |
A |
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17 |
D |
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18 |
D |
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19 |
D |
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20 |
C |
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21 |
C |
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22 |
B |
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23 |
B |
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24 |
D |
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25 |
C |
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26 |
E |
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